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“Specialization is for insects”
Robert A. Heinlein
A frase que cito acima ouvi-a na entrevista de Naval Ravikant a Joe Rogan. Naval usou-a para lembrar o quão importante é termos a capacidade de nos reinventarmos. Na sua opinião deveríamos estar preparados para de X em X anos pararmos e aprendermos algo de novo. Do zero.
Afinal de contas, quais serão as profissões de futuro? Ninguém pode dar uma resposta certa. Quem sonharia que fazer vídeos para um website (Youtuber) seria uma profissão? A necessidade de reinvenção é real.
Mas há algo que nos impede de o fazer: o medo de falhar.
Estamos mais confortáveis a dominar algo. A ser apelidados de especialistas. A sermos referências. O processo de aprendizagem é duro, implica falha e recomeço, algo que procuramos evitar a todo o custo.
Aprender a estar confortável com a falha é importante. Pensar que ser uma referência, ou especialista, numa qualquer área é garantia de sucesso é uma aposta arriscada.
A propósito de ser especialista lembrei-me do livro “Versátil” de David Epstein. Neste ele demonstra-nos, com vários exemplos, porque ser um generalista é uma vantagem. Prova-nos ainda que falhar é a melhor maneira de aprender.
E há bem pouco tempo tivemos um bom exemplo disso. Emma Raducanu, vencedora do USA Open 2021, praticou mais de uma dezena de desportos até chegar ao tênis. A falha fez, e ainda fará, parte da sua vida, mas a capacidade de adaptação e superação serão com toda a certeza bem superiores.
E tudo isto acabou por se ligar a propósito de uma publicação que li no LinkedIn. Nela eram destacados uma série de “especialistas” em várias áreas. Pensei no meu caso, no que poderia eu ser especialista. Não consegui identificar. Assumo agora, prefiro ser um especialista em falhas. Mas que aprende com todas algo.