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A cultura e literacia financeira em Portugal são, de uma forma geral, bastante baixas e temos de encarar esta realidade. Para fundamentar esta frase, de acordo com um estudo da Global Financial Literacy Excellence Center (GFLEC) em 2015, a percentagem de adultos em Portugal que se considera culto situa-se entre os 25% e os 34% a par da esmagadora maioria dos países de África e da América do Sul.
A mesma questão aplicada aos países escandinavos, por exemplo, revela uma resposta de 55% a 75% de adultos financeiramente cultos. Se tiveres curiosidade podes ler o estudo estudo completo, “Financial Literacy Around the World”, aqui.
Para te ajudar com o arranque e melhoria das tuas finanças pessoais, seguem abaixo os 7 erros que (provavelmente) estás a cometer com o teu dinheiro:
- Aprender sobre dinheiro não está na tua lista de prioridades?
Infelizmente para todos nós, ainda não existem disciplinas de finanças pessoais ou literacia financeira nos currículos académicos. Se a tua formação for nas áreas de gestão, contabilidade, economia ou semelhantes sais da faculdade a saber muita coisa sobre finanças empresariais mas nada sobre as tuas próprias finanças. Como essa deficiência existe, terás de ser tu a procurar conhecimento adicional. O mundo da Internet facilita o acesso à informação e ela está lá à tua espera. Basta procurares! - Para ti, o dinheiro é para gastar. Ponto!
Se te perguntares “Quanto gastei em Uber Eats o mês passado?” sabes responder? Até podes ter uma muito vaga ideia mas, provavelmente, não sabes dizer exatamente quanto foi e sabes porquê? Porque não fazes o teu orçamento pessoal e ao não o fazeres perdes controlo sobre para onde vai o teu dinheiro e isso explica porque o dinheiro nunca chega ao final do mês. Assim, deves começar a ganhar o hábito de apontar tudo o que ganhas e tudo o que gastas. Podes fazê-lo num Excel, numa app do telemóvel ou em folha e papel. É completamente indiferente. O que interessa é começares a fazê-lo e criares esse hábito - Achas que investir é para os ricos?
Os mais ricos dos ricos não começaram, na sua esmagadora maioria, nesse ponto. Essas pessoas começaram do zero. Algumas, na verdade, começaram do – 100, tal era a situação que viviam. Ora, se essas pessoas começaram por aí e agora estão onde estão, isto deve ser suficiente para te convencer que se investe para ficar rico, e não se investe porque se é rico. Se souberes como aplicar o teu dinheiro convenientemente, tens as portas do sucesso escancaradas. Já ouviste a expressão “coloca o dinheiro a trabalhar para ti?”. É exatamente isto. - Investes sem saber o que estás a fazer?
Leste o parágrafo anterior e estás em modo “full power” para começares a investir? Calma! Antes de começares a comprar e a investir em todos os produtos que te aparecem à frente, dedica o teu tempo a aprender tudo o que há para saber sobre eles. Conheces aquela dica do “se não conseguires explicar a uma criança de 5 anos é porque, na realidade, não percebes”? Aplica-se aqui na perfeição. O mundo dos investimentos é enorme e muito complexo. Toma plena consciência do investimento que estás a fazer para que possas tomar uma decisão informada. Se não perceberes uma única coisa, então não é o investimento para ti. - Desconheces como funciona o sistema fiscal?
Achas fiscalidade extremamente chata e pagar impostos bastante desagradável? Parabéns! Junta-te ao clube! Ainda assim, os impostos existem e temos de os pagar. Mas será que conseguimos pagar menos ou inclusivamente que eles funcionem a nosso favor e tudo completamente legal? Deixa-me dizer-te que sim. Há determinados produtos de poupança ou investimento em que pagas menos impostos sobre o lucro que ganhas e até há alguns em que o estado te paga por teres investido neles. Queres saber que produtos são e como funcionam? Volta a ler o ponto 1 desta lista. - Acreditas que o crédito está lá para te ajudar?
Se pagar uma televisão em 24 suaves prestações te parece uma boa ideia, lamento dizer que estás enganado. Essa televisão que agora custa 1.000€ vai-te custar mais 100€ ou 150€ se a pagares a crédito. Com isto não estou a dizer que nunca deves recorrer ao crédito, apenas estou a alertar que o deves reservar para duas situações: valores de aquisição muito altos ou então gastos de emergência que não consegues suportar. Mesmo nesses casos, deves tentar encontrar a melhor proposta para ti e fazer uma prioridade a rápida amortização desse crédito. Lembra-te sempre que o facto de teres um crédito com um prazo de 10 anos não te impede de o pagar antecipadamente. Vai fazendo amortizações parciais e vê os juros que pagas a descer vertiginosamente. Avalia sempre a hipótese de poupar o dinheiro que precisas antes de recorrer ao crédito. - És impaciente?
Leste todas as dicas e estabeleces o objetivo de ser milionário ou milionária daqui a um ano. Vou chamar-te à realidade e dizer que não vai acontecer. Colocares tudo isto em prática demora tempo e ainda mais demoram os resultados a começarem a aparecer. É importante que tenhas um objetivo alcançável e realista e que definas um plano para lá chegar. A partir daí é tudo uma questão de 2 palavras: paciência e persistência. Mantém-te fiel ao plano que definires e sê paciente. Os resultados vão aparecer!
Este artigo é da autoria de Finanças dos 90 | Educação Financeira para a Geração Millennial
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